Introdução
Ao estudar teologia
não se pode ler apenas o que queremos, temos que analisar todos os pontos de
vista, para construirmos um pensamento coerente e não sermos taxados de
ignorantes.
O tema a seguir faz
relatos de uma doutrina chamada de “monofismo” conforme seu idealizador Eutiques, afirma que as naturezas
humana e divina de Cristo foram fundidas em uma natureza única (mono): e que sua natureza humana teria “se dissolvido como uma gota
de mel no mar”. Sendo assim, os
monofistas não acreditavam que Cristo possuía duas natureza, a divina e a
humana, esse movimento foi condenado e concebido como doutrina herege na concepção
católica, conforme Concilio de Calcedônia em 451.
A igreja evangélica em sua doutrina também acredita
que Cristo possuía as duas naturezas, tanto a humana como a divina. Conforme
relatos bíblicos, não há embasamento para afirmar que Cristo tinha apenas a
natureza divina, como podemos ver em Mateus
1;18 – Ora, o nascimento de
Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se
ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
A concepção foi da união
divina com a união humana, ou seja, Maria engravidou pelo Espírito Santo. Fica
lógico afirmamos que Cristo possuía as duas naturezas, tanto a humana como a
divina. A narrativa bíblia deixa claro, para dar credibilidade ao monofismo a
bíblia teria que afirmar que Cristo não foi gerado de Maria e sim somente do
Espírito Santo, o que não faz sentido algum!
Devemos analisar também quem
foi Eutiques e qual o propósito dele em propagar essa doutrina monofista, qual
o impacto teria na fé e doutrina cristã?
Conforme
a fonte Wikipédia, a enciclopédia livre
Eutiques foi um monge de Constantinopla, que fundamentou a heresia do monofisismo. Eutiques negava que Cristo, após a encarnação, tinha duas naturezas
perfeitas. Nasceu no ano de 378, provavelmente em
Constantinopla. Ingressou na vida monástica em um monastério da capital, onde teve como superior um abade de nome Máximo, ferrenho
adversário do nestorianismo. Nascia assim, graças à sua formação religiosa, um repúdio
intransigente pelas doutrinas que versavam sobre a existência de duas naturezas
em Cristo.
Já como sacerdote,
Eutiques começou a participar ativamente das questões doutrinárias.
Pelos idos de 440, ele converteu-se
numa figura de grande projeção no monofisismo em Constantinopla e, quando subiu ao poder, em 441, principiou uma
campanha fulminante contra o nestorianismo, atacando a todos a quem julgava
suspeitos. Assim ele denunciou a Teodoreto de Ciro, Ibas de Edessa, Domno II de
Antioquia (442-449) e até Flaviano de
Constantinopla fora denunciado
em uma carta enviada por ele à sé romana.
Em 8 de novembro
de 448, num sínodo regional em
Constantinopla presidido pelo patriarca Flaviano, Eusébio de
Dorileia, um dos primeiros
que haviam sido denunciados por ele como adepto ou simpatizante do nestorianismo, acusou-o de heresia. O sínodo, depois de uma turbulenta onda de
acontecimentos políticos, concluiu pela condenação de Eutiques como herético.
Torna-se muito
difícil saber precisamente qual a base fundamental da doutrina cristológica defendida por Eutiques, seja porque nenhum de seus escritos sobreviveu
até os tempos presentes ou mesmo pela imprecisão ou inconsistência da mesma.
Pode-se considerá-lo, entretanto como o criador ou inspirador do monofisismo,
ou seja, a consideração de uma única natureza em Cristo, que as duas naturezas
se fundiram em uma única depois da encarnação e que ele, Cristo, não seria
humano.
Definição
Monofismo é a doutrina
que contraria a definição da igreja ortodoxa a respeito das duas naturezas completas
de Jesus Cristo, a humana e a divina.
Monofisismo (do grego: monos –
“único, singular” e physis – “natureza”) é
o ponto de vista cristológico que defende que, depois da
união do divino e do humano na encarnação histórica, Jesus Cristo,
como encarnação do Filho ou Verbo (Logos)
de Deus, teria apenas uma única
“natureza”, a divina, e não uma síntese de ambas. O monofisismo é
contraposto pelo diofisismo, que defende que Jesus preservou em si as
duas naturezas.
Historicamente, o monofisismo se refere
primordialmente à posição dos que (especialmente no Egito e,
em menor grau, na Síria)
rejeitaram as decisões do Concílio de
Calcedônia em 451 (o quarto concílio ecumênico).
Os membros mais moderados entre eles, porém, defendem a teologia “miafisita“,
que se tornou a oficial para as Igrejas Ortodoxas
Orientais. Muitos ortodoxos orientais, porém, rejeitam
essa classificação, mesmo como um termo genérico, mas ele é amplamente
utilizado na literatura histórica.
Após o Concílio de Calcedônia, a controvérsia
monofisita (juntamente com outros fatores
institucionais e políticos, além de um crescente nacionalismo) levaram a um
duradouro cisma entre as Igrejas Ortodoxas Orientais de um lado e as Igrejas Ortodoxas e
a Igreja Católica de
outro. O conflito cristológico entre monofisismo,
diofisismo e suas sutis combinações
e derivações durou do século III até o VIII e deixou sua marca em
todos os concílios ecumênicos, com exceção do primeiro. A vasta maioria dos
cristãos atualmente pertence às chamadas igrejas “calcedônias”, ou
seja, a Católica Romana, a Ortodoxa e as igrejas protestantes históricas (que são as que aceitam a autoridade de
pelo menos os quatro primeiros concílios). Todas elas sempre consideraram o
monofisismo como sendo herético.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofisismo
Miafisismo
(também chamado
de henofisitismo) é uma fórmula cristólogica das igrejas ortodoxas orientais e de várias outras igrejas que
aderiram somente aos três primeiros concílios ecumênicos. O miafisismo afirma que na
pessoa una de Jesus Cristo, Divindade e Humanidade estão unidas em uma única
ou singular natureza (“physis“),
as duas estão unidas sem separação, sem confusão e sem alteração[.
Historicamente,
cristãos calcedonianos tem considerado o miafisismo em geral como
“agradável” numa interpretação ortodoxa, mas eles, de toda forma,
percebem o miafisismo das Igrejas ortodoxas orientais como uma forma de monofisismo. As Igrejas ortodoxas orientais rejeitam esta caracterização.
As duas naturezas
A palavra natureza denota substância ou essência.
“São as propriedades de uma substância que fazem parte do que ela é mas, não a
forma individual que ela possa assumir”.
W.G.T.Shedd, Dogmatic Theology, Nashiville: Thomas Nelson Publishers, vol 2, pág 291
Conclusão
Monofistas – uma única natureza
Embora os termos parecem complexos e de difícil
entendimentos, vemos apenas o modo como alguns seguem a respeito da
cristologia, sendo que os monofistas negam que Cristo tinhas duas naturezas
perfeitas. (do grego: monos –
“único, singular” e physis – “natureza”)
ou seja, uma “só natureza”.
Diofisismo – duas naturezas
Já os diofisismo, também difisismo, é um termo teológico utilizado para identificar um
particular ponto de vista cristológico sobre o
entendimento de como as naturezas humana e divina se relacionam na pessoa
de Jesus Cristo. O termo vem do grego e
significa literalmente “duas
naturezas“. Nesta interpretação, se refere às duas naturezas distintas
existindo em uma única pessoa, una e singular, de Jesus (união hipostática).